Há 13 anos (agora 15) eu cursava meu segundo grau (hoje chama-se “ensino médio”, e creio que já na época era assim; mas todos falávamos “segundo grau”), e minha mãe era minha professora de gramática e redação.
Na época, ela, crendo que “escrever é uma arte que pode ser aprendida” – como expressou em suas próprias palavras – resolveu montar um projeto e colocar todo mundo num grande bojo, dos “melhores” aos “piores” alunos, e desenvolver uma série de atividades e ações que pudessem motivar aquele bando de moleques (no qual eu me incluía) a produzir algo por meio da linguagem e das letras.
Sei que aquele foi um dos importantes papéis que meus pais tiveram em minha história, para construírem este que hoje sou. E fui um grande felizardo por ter podido contar com essa colaboração parental, também em sala de aula. Sei que se hoje tenho alguma destreza pra lidar com as letras, graças dou ao empenho de minha mãe e, sobretudo, da professora de português que ela foi.
Nesta semana, numa pequena faxina nas estantes, uma irmã encontrou o objeto fruto daquele projeto, ao qual minha mãe nomeou “Projeto Refletir”. É uma antologia com os melhores textos criados pelos alunos do colégio, durante o ano de 1997. Na verdade, ela quis pegar um pouco de cada aluno, o melhor de cada um, até mesmo daqueles de quem nunca antes havia sido extraído nada de bom.
Emocionei-me com algumas coisas que pude reler, acerca do que escrevia aquele adolescente de 14 pra 15 anos que eu era. Não sei bem o que mudou, o que aconteceu. Mas algo dali se perdeu. Em relação a algumas coisas, Graças a Deus passaram! hehe. Mas fica uma lembrança gostosa de alguns bons momentos que vivi.
Como forma de tirar aquelas letras do papel velho e amarelado perdido na estante, resolvi postar os textos aqui. Reescrevê-los talvez até dê a eles um pouco mais de vida. Tanto pelo upgrade de mídia quanto pelas transformações que as releituras são capazes de fazer em nós.
O projeto todo deve ter em torno de 400 páginas. Talves 8 ou 10 ocupadas por trabalhos meus. E é a estes poucos que – de maneira egoísta, confesso – me atentarei.
Portanto, o blog está oficialmente reaberto. Pelo menos enquanto durar o estoque.